sexta-feira, julho 14, 2006

Quando o nosso coração é habitado pela paciência, não pode haver aí lugar para a cólera, a discórdia e a rivalidade.

Evangelho segundo S. Mateus 10,16-23.

«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas suas sinagogas; sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos. Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes de dizer. Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós. O irmão entregará o seu irmão à morte, e o pai, o seu filho; os filhos hão-de erguer se contra os pais e hão-de causar-lhes a morte. E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: Não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do Homem.»

Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. Cipriano (cerca 200-258), bispo de Cartago e mártir

Os benefícios da paciência




“Como ovelhas no meio dos lobos”


Salutar é o preceito de Nosso Senhor e Mestre: “O que tiver perseverado até ao fim, esse será salvo”. Ele diz ainda: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á” (Jo 8, 31). É preciso suportar e perseverar, irmãos bem amados. Assim, admitidos na esperança da verdade e da libertação, podemos chegar a esta verdade e a esta liberdade, porque, se somos cristãos, é por obra da fé e da esperança. Mas para que a esperança e a fé possam dar fruto, é necessária a paciência...

Que não trabalhemos pois na impaciência, que não nos deixemos abater no caminho do Reino, distraídos e vencidos pelas tentações. Não jurar, não maldizer, não reclamar o que nos é tirado pela força, dar a outra face, perdoar aos irmãos todos os seus defeitos, amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem: como chegar a fazer tudo isto se não se é firme na paciência e na tolerância? É o que vemos com Estêvão... Ele não pede a vingança, mas o perdão para os seus algozes: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Ac 7,59). Assim o primeiro mártir de Cristo... não era apenas o pregador da paixão do Senhor, mas também o imitador da sua extrema doçura. Quando o nosso coração é habitado pela paciência, não pode haver aí lugar para a cólera, a discórdia e a rivalidade. A paciência de Cristo expulsa tudo isso para construir no seu coração uma morada pacífica onde o Deus da paz tem gosto em habitar.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Greets to the webmaster of this wonderful site! Keep up the good work. Thanks.
»

7/22/2006 7:08 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home