segunda-feira, outubro 29, 2007

A glória que nos espera

Hoje a Igreja celebra : S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212

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Homilia atribuída a Eusébio de Alexandria : O Sábado torna-se o primeiro dia da nova criação


Carta aos Romanos 8,12-17.

Portanto, irmãos, somos devedores, mas não à carne, para vivermos de acordo com a carne. É que, se viverdes de acordo com a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis. De facto, todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus. Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai! Esse mesmo Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, pressupondo que com Ele sofremos, para também com Ele sermos glorificados. A glória que nos espera

Livro de Salmos 68,2.4.6-7.20-21.

Levanta-se Deus: os seus inimigos dispersam-se e fogem diante dele os que o odeiam.
Mas os justos alegram-se e rejubilam; diante de Deus exultam de alegria.
Ele é pai dos órfãos e defensor das viúvas, o Deus que habita no seu santo templo.
Deus prepara uma casa para os desamparados e liberta aqueles que estão prisioneiros; mas os rebeldes viverão em terra estéril.
Bendito seja o Senhor, dia após dia; Ele cuida de nós; Ele é o Deus da nossa salvação.
Ele é o nosso Deus, é um Deus que salva. Na verdade, o SENHOR Deus é aquele que nos livra da morte!


Evangelho segundo S. Lucas 13,10-17.

Um dia de sábado, ensinava Jesus numa sinagoga. Estava lá certa mulher doente por causa de um espírito, há dezoito anos: andava curvada e não podia endireitar-se completamente. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade.» E impôs-lhe as mãos. No mesmo instante, ela endireitou-se e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por ver que Jesus fazia uma cura ao sábado, disse à multidão: «Seis dias há, durante os quais se deve trabalhar. Vinde, pois, nesses dias, para serdes curados e não em dia de sábado.» Replicou-lhe o Senhor: «Hipócritas, não solta cada um de vós, ao sábado, o seu boi ou o seu jumento da manjedoura e o leva a beber? E esta mulher, que é filha de Abraão, presa por Satanás há dezoito anos, não devia libertar-se desse laço, a um sábado?» Dizendo isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava.

Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Homilia atribuída a Eusébio de Alexandria (fim do sec, V)
Sermões sobre o domingo, 16, 1-2; Pg 86, 416-421

O Sábado torna-se o primeiro dia da nova criação


A semana comporta evidentemente sete dias: Deus deu-nos seis para trabalharmos, e deu-nos um para rezarmos, repousarmos e para nos libertarmos
dos nossos pecados... Vou expor-te as razões pelas quais a tradição de
guardarmos o domingo e de nos abstermos de trabalhar nos foi transmitida.
Quando o Senhor confiou o sacramento aos discípulos, «tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “ Tomai e comei, este é o meu corpo entregue por vós em remissão dos pecados”». Da mesma forma, deu-lhes o cálice dizendo: «Bebei todos, este é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por vós e pela multidão em remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim» ( Mt 26, 26s; 1Co 11,24)

O dia santo de domingo é pois aquele em que se faz memória do Senhor. Por isso é que se lhe chama «o dia do Senhor». E ele é como o senhor dos dias.
Com efeito, antes da Paixão do Senhor, não era chamado «Dia do Senhor», mas «primeiro dia». Nesse dia, o Senhor estabeleceu o fundamento da ressurreição, quer dizer que empreendeu a criação; nesse dia, deu ao mundo as primícias da ressurreiçao; nesse dia, como dissemos, mandou celebrar os santos mistérios. Esse dia foi, pois, o começo de toda a graça: início da criação do mundo, início da ressurreição, início da semana. Esse dia que comporta em si próprio três começos, prefigura a primazia da Santíssima Trindade.