De quem recebem os reis da terra impostos e contribuições? Dos seus filhos, ou dos estranhos?
Evangelho segundo S. Mateus 17,22-27.
Estando reunidos na Galileia, Jesus disse-lhes: «O Filho do Homem tem de ser entregue nas mãos dos homens, que o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.» E eles ficaram profundamente consternados. Entrando em Cafarnaúm, aproximaram-se de Pedro os cobradores do imposto do templo e disseram-lhe: «O vosso Mestre não paga o imposto?» Ele respondeu: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus antecipou-se, dizendo: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da terra impostos e contribuições? Dos seus filhos, ou dos estranhos?» E como ele respondesse: «Dos estranhos», Jesus disse-lhe: «Então, os filhos estão isentos. No entanto, para não os escandalizarmos, vai ao mar, deita o anzol, apanha o primeiro peixe que nele cair, abre-lhe a boca e encontrarás lá um estáter. Toma-o e dá-lho por mim e por ti.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Ambrósio (cerca de 340 - 397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Carta 35, a Orontiano, 6, 13
“Os filhos estão isentos”
O apóstolo Paulo diz que a própria criação espera a revelação dos filhos de Deus (Ro 8,19). Esta criação está agora entregue, contra a sua vontade, ao poder do nada; mas vive na esperança. Porque ela espera que Cristo a ajudará pela sua graça a libertar-se da escravidão da inevitável degradação e a receber a liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Deste modo, haverá uma só liberdade, para a criação e para os filhos de Deus, quando a glória destes se revelar. Mas agora, enquanto essa revelação se fizer desejar, toda a criação geme esperando partilhar a glória da nossa adopção e da nossa redenção (Ro 8,22)...
É evidente que as criaturas que gemem à espera da adopção têm em si os primeiros dons do Espírito. Esta adopção dos filhos é a redenção do corpo na sua integralidade, quando ele, na qualidade de filho adoptivo de Deus, puder ver face a face esse bem eterno e divino. Há já adopção filial na Igreja do Senhor quando o Espírito exclama em nós: "Abba, Pai" (Ga 4,6). Mas essa adopção será perfeita quando aqueles que forem admitidos a ver a face de Deus ressuscitarem todos para a imortalidade, para a honra e para a glória. Só então poderemos considerar a condição humana como verdadeiramente resgatada. É por isso que o apóstolo Paulo ousa dizer: "Fomos salvos na esperança" (Ro 8,24). Com efeito, a esperança salva, tal como a fé, da qual está dito: "A tua fé te salvou" (Mc 5,34).
Estando reunidos na Galileia, Jesus disse-lhes: «O Filho do Homem tem de ser entregue nas mãos dos homens, que o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.» E eles ficaram profundamente consternados. Entrando em Cafarnaúm, aproximaram-se de Pedro os cobradores do imposto do templo e disseram-lhe: «O vosso Mestre não paga o imposto?» Ele respondeu: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus antecipou-se, dizendo: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da terra impostos e contribuições? Dos seus filhos, ou dos estranhos?» E como ele respondesse: «Dos estranhos», Jesus disse-lhe: «Então, os filhos estão isentos. No entanto, para não os escandalizarmos, vai ao mar, deita o anzol, apanha o primeiro peixe que nele cair, abre-lhe a boca e encontrarás lá um estáter. Toma-o e dá-lho por mim e por ti.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Ambrósio (cerca de 340 - 397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Carta 35, a Orontiano, 6, 13
“Os filhos estão isentos”
O apóstolo Paulo diz que a própria criação espera a revelação dos filhos de Deus (Ro 8,19). Esta criação está agora entregue, contra a sua vontade, ao poder do nada; mas vive na esperança. Porque ela espera que Cristo a ajudará pela sua graça a libertar-se da escravidão da inevitável degradação e a receber a liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Deste modo, haverá uma só liberdade, para a criação e para os filhos de Deus, quando a glória destes se revelar. Mas agora, enquanto essa revelação se fizer desejar, toda a criação geme esperando partilhar a glória da nossa adopção e da nossa redenção (Ro 8,22)...
É evidente que as criaturas que gemem à espera da adopção têm em si os primeiros dons do Espírito. Esta adopção dos filhos é a redenção do corpo na sua integralidade, quando ele, na qualidade de filho adoptivo de Deus, puder ver face a face esse bem eterno e divino. Há já adopção filial na Igreja do Senhor quando o Espírito exclama em nós: "Abba, Pai" (Ga 4,6). Mas essa adopção será perfeita quando aqueles que forem admitidos a ver a face de Deus ressuscitarem todos para a imortalidade, para a honra e para a glória. Só então poderemos considerar a condição humana como verdadeiramente resgatada. É por isso que o apóstolo Paulo ousa dizer: "Fomos salvos na esperança" (Ro 8,24). Com efeito, a esperança salva, tal como a fé, da qual está dito: "A tua fé te salvou" (Mc 5,34).
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