quarta-feira, março 01, 2006

Palavra do Dia - Ricos e Pobres

Livro de Salmos 98,1-4.

Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.
SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.



Evangelho segundo S. Marcos 10,28-31.

Pedro começou a dizer-lhe: «Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.» Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna. Muitos dos que são primeiros serão últimos, e muitos dos que são últimos serão primeiros.»
Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Leão XIII, Papa de 1878 a 1903
Encíclica Rerum Novarum, 21



«Neste tempo já, o cêntuplo; e no mundo que há-de vir, a vida eterna»


Estas doutrinas [sociais da Igreja] poderiam diminuir a distância que o orgulho se compraz em manter entre ricos e pobres, mas a simples amizade é ainda demasiado pouco: se se obedece aos preceitos do cristianismo é no amor fraterno que se operará a união. Em qualquer dos casos, saber-se-á e compreender-se-á que os homens absolutamente todos têm origem em Deus, seu Pai comum; que Deus é o seu fim único e comum, e que só Ele é capaz de comunicar aos anjos e aos homens uma felicidade perfeita e absoluta. Todos eles foram igualmente resgatados por Jesus Cristo e restabelecidos por Ele na sua dignidade de Filhos de Deus, e assim um verdadeiro laço de fraternidade os une, quer entre eles, quer a Cristo, seu Senhor que é «O primogénito de muitos irmãos» ( Rom 8, 29). Saberão enfim que todos os bens da natureza, todos os tesouros da graça, pertencem em comum e indistintamente a todo o género humano, e só os indignos são deserdados dos bens celestes «Se sois filhos, sois também herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Jesus Cristo» (Rm 8,17).