terça-feira, outubro 10, 2006

Novo Blog para a Peregrinação

Peregrinos e não peregrinos,

A partir de hoje, para além deste blog, mais geral, existirá o blog:

A caminho do Céu: www.12e30peregrinos.blogspot.com

Especialmente dedicado à Peregrinação.

Quem quiser partilhar fotografias, pensamentos, perguntas, o que fôr é só ir lá!

Vá, ponham-se a Caminho!!!!!

Em baixo podem ler a Palavra do dia.


Carta aos Gálatas 1,13-24.

Ouvistes falar do meu procedimento outrora no judaísmo: com que excesso perseguia a Igreja de Deus e procurava devastá-la; e no judaísmo ultrapassava a muitos dos compatriotas da minha idade, tão zeloso eu era das tradições dos meus pais. Mas, quando aprouve a Deus – que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça – revelar o seu Filho em mim, para que o anuncie como Evangelho entre os gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma, nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de mim. Parti, sim, para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas, e fiquei com ele durante quinze dias. Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor. O que vos escrevo, digo-o diante de Deus: não estou a mentir. Seguidamente, fui para as regiões da Síria e da Cilícia. Mas não era pessoalmente conhecido das igrejas de Cristo que estão na Judeia. Apenas tinham ouvido dizer: «Aquele que nos perseguia outrora, anuncia agora, como Evangelho, a fé que então devastava.» E, por causa de mim, glorificavam a Deus.

Livro de Salmos 139,1-3.13-14.14-15.

SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto; à distância conheces os meus pensamentos.
Vês-me quando caminho e quando descanso; estás atento a todos os meus passos.
Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe.
Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras.
Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras.
Quando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me desenvolvia, tecido nas profundezas da terra, nada disso te era oculto.


Evangelho segundo S. Lucas 10,38-42.

Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.» O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»

Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Beata Isabel da Trindade (1880-1906), carmelita
Último retiro



"Maria, aos pés do Senhor, escutava a sua palavra"

«No silêncio estará a vossa fortaleza» (cf Is 30, 15)... Conservar no Senhor a fortaleza, é estabelecer a unidade em todo o nosso ser por meio do silêncio interior, é recolher todas as nossas potências para ocupá-las unicamente no exercício do amor. É ter aquele olhar simples que permite à luz de Deus iluminar-nos (Mt 6, 22). Uma alma que discute com o seu, que se ocupa das suas sensibilidades, que segue pensamentos inúteis e se deixa arrastar por toda a espécie de desejos, esta alma dispersa as suas forças e não está totalmente orientada para Deus...Há nela, ainda, muito de humano. Há dissonâncias.

A alma que no seu reino interior conserva ainda alguma coisa própria para si, cujas potências não estão totalmente “encerradas” em Deus, não pode ser um perfeito «louvor de glória» (Ef 1, 14); não está em estado de cantar sem interrupção o «cântico novo», o grande cântico de que fala S. Paulo, porque não reina nela a unidade. Em lugar de poder seguir com simplicidade o seu canto de louvor através de tudo, vê-se forçada a reunir continuamente as cordas do seu instrumento dispersas aqui e além..

Como esta bela unidade interior é indispensável à alma que quer viver cá em baixo a vida dos bem aventurados, quer dizer, dos seres simples, dos espíritos puros. Parece-me que era a isto que o Mestre queria referir-se quando falava a Maria Madalena do «único necessário». Que bem o compreendeu aquela grande santa! Iluminada pela luz da fé, tinha reconhecido o seu Deus oculto sob o véu da humildade; e, no silêncio, quer dizer, na unidade das suas potências, ela escutava a palavra Ele lhe dirigia... Sim, ela já não sabia mais nada senão Ele.