terça-feira, dezembro 13, 2005

Evangelho do Dia

Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.

«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.’ Mas ele respondeu: 'Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.’ Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus. João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»

Da Bíblia Sagrada


Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Bem aventurado Gueric d’Igny (cerca 1080-1157), abade cisterciense Sermão 1 para S. João Baptista

“João deu testemunho da verdade…; ele era a lâmpada que ardia e brilhava” (Jo 5,35)
Esta lâmpada destinada a iluminar o mundo traz-me uma alegre notícia, porque é graças a ela que eu reconheço a verdadeira Luz que brilha nas trevas, mas que as trevas não receberam (Jo 1,5)… Podemos admirar-te, João, tu, o maior de todos os santos; mas imitar a tua santidade, isso é-nos impossivel. Dado que tu apressas em preparar um povo perfeito para o Senhor com os publicanos e os pecadores, é urgente que lhes fales de modo a trazê-los pelo testemunho da tua vida. Propões-lhes um modo de perfeição que não é senão a tua maneira de viver, mas adaptado à fraqueza das forças humanas.“Produzi, diz ele, dignos frutos de penitência” (Mt 3,8). Mas nós, irmãos, nós gloriamo-nos em falar melhor do que vivemos. João, ele, cuja vida é mais sublime do que os homens podem compreender, põe no entanto a sua linguagem ao serviço da sua inteligência: “Fazei, diz ele, dignos frutos de penitência!” “Falo-vos de maneira humana, em função da fraqueza da carne. Se não podeis ainda fazer o bem em plenitude, que ao menos se encontre em vós uma verdadeira aversão pelo que é mal. Se não podeis ainda produzir os frutos de uma justiça perfeita, que de momento a vossa perfeição consista em produzir dignos frutos de penitência”.